Entre Política e Normatividade: Constitucionalismo, Direitos Fundamentais e Democracia na Era das Consequências
Resumo
A atividade intelectual – afirma Tony Judt – é algo que se assemelha à arte da sedução. Se formos diretos ao alvo, haverá grande probabilidade de não termos êxito. Se o propósito é contribuir para debater problemas mundiais, não será conveniente iniciar participação em diálogo, aula ou outro meio valendo-se de questões histórico-mundiais. É correto refletir sobre temas de ressonância ampla, porém, no nível restrito de influência. Desse modo, se “a sua contribuição à conversa for então captada e se tornar parte de uma conversa maior, ou então de conversas travadas também em outros locais, tanto melhor” . De que valem afirmações sobre democracia mundial e deveres, ou ainda sobre as razões para se observar e respeitar direitos humanos se estas tarefas são almejadas em dimensão espacial pouco delimitada, por vezes precariamente nítida? Explorar apenas as imperfeições será satisfatório? Deve-se cautela à quem respectivamente falamos? Questões, preocupações, impasses e desafios são variados. São, também, diversos quanto ao que representam, e, de igual modo, devem significar algo para nosso tempo. Afinal, com que deveríamos nos preocupar hoje?