A LEI MARIA DA PENHA E O MEDO: UMA QUESTÃO SOCIAL, HISTÓRICA E ESTRUTURAL

ALESSANDRA MARIA GILES DE OLIVEIRA, MICHELLE ANDRESSA LEITE DA SILVA, GERCELEY PACCOLA MINETTO

Resumo


Esse estudo tem como objetivo evidenciar os motivos que levam as mulheres vitima de violência domestica a não buscarem seus direitos pautados na Lei Maria da Penha, bem como o papel do Serviço Social neste contexto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, desenvolvida com usuárias do Centro Integrado de Atenção a Vitimas de Violência de Bauru, estado de São Paulo, no período de fevereiro a outubro de 2008. O universo é constituído por trinta e três mulheres, atendidas pelo CIAVI, cuja amostragem se deu com 40% desse universo. Os instrumentais para coleta de dados foram a observação e a entrevista semi- estruturada, contendo questões abertas e fechadas. Os resultados apontam que são donas de casa, casadas, com renda familiar até dois salários mínimos. As causas são banais e relacionadas às substancias psico-ativas. Conhecem e reconhecem o papel do Assistente Social na prevenção e superação da violência, têm informação sobre a lei Maria da Penha. Conclui-se que a mulher vitima de violência está submetida a um processo milenar de dominação do gênero, os quais deixam marcas na alma e se vêem impossibilitadas de tomar a iniciativa de denuncia por diferentes fatores, tornando-se (re) vitimizadas.

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