INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA POR ORDEM JUDICIAL PARA DEPENDENTES DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

LUDMILA GABRIEL, GERCELEY PACCOLA MINETTO

Resumo


Trata-se de um estudo, cuja abordagem é qualiquantitativa, realizado no setor masculino de ―Dependência Química‖ da Associação Hospitalar Thereza Perlatti do município de Jaú - SP, no período de fevereiro a outubro de 2010. O universo da pesquisa são os cinquenta dependentes de substâncias psicoativas e cento e trinta e quatro profissionais dessa unidade, cuja amostragem é de vinte e cinco dependentes e, sete profissionais. Seu objetivo é evidenciar os impactos da internação compulsória por Ordem Judicial no dependente de substâncias psicoativas. Os resultados apontam que são pacientes entre 16 e 35 anos, solteiros, com baixa escolaridade e inseridos no mercado informal de trabalho. Vêm a internação compulsória por Ordem Judicial como uma forma de se evitar um mal maior. Já os profissionais discordam com tal medida pela extrapolação do tempo de internação e afastamento do convívio familiar. Conclui-se que a internação compulsória por Ordem Judicial é necessária em alguns momentos, pois, o dependente encontra-se incapacitado em fazer escolhas, porém, sem esclarecimentos e acompanhamentos adequados, há a desmotivação e, como consequência, não se tem a continuidade do tratamento que é extremamente importante para se evitar a reincidência, além da insuficiência de políticas públicas especializadas para a área.

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